Esse método se baseia no pressuposto equivocado de que a esquizofrenia é uma doença biológica progressiva e também incapacitante.
Preocupa-se em melhorar as funções cognitivas do diagnosticado mas esquece-se da literatura que demonstra que os neurolépticos prejudicam as funções cognitivas. Por adotar um modelo biomédico ou psiquiatrizante provavelmente o tratamento é feito em conjunto com neurolepticos. Os próprios neurolepticos reduzem a responsividade social e emocional que é associado aos sintomas negativos.
Esquece-se da literatura em psiquiatria crítica que conclui que não há resultados conclusivos para afirmar que o diagnóstico de esquizofrenia é uma patologia.
Esquece-se de avaliar a problemática social e comportamental do diagnosticado, do ambiente social e da relação entre os dois aspectos.
Esquece-se de avaliar a problemática social e comportamental do diagnosticado, do ambiente social e da relação entre os dois aspectos.
Há a suposição de que o ambiente é favorável ou adequado por ser constituído de pessoas consideradas normais e que é o cérebro da pessoa diagnosticada que não é responsivo a isso nos sintomas negativos. Uma pessoa considerada normal pode complicar muito a vida de outra pessoa com o estabelecimento de contingências de reforcamento complicadas de satisfazer (exigências ambientais) ou que incentivam comportamentos unusuais ou que desestimulam o contato social. Tambem porque nem sempre a pessoa considerada normal age levando em conta os interesses da pessoa diagnosticada. Vivemos uma cultura manicomial e isso não ajuda em nada.
Coloca a culpa do isolamento social no diagnosticado esquecendo-se das barreiras atitudinais na sociedade e nas possibilidades de alterar comportamentos e motivações por meio de análise do comportamento.
Qualquer tratamento psicofisiológico tem o potencial de regular o cérebro de qualquer pessoa na direção desejada. Mas duvido que isso seja decisivo na recuperação. É só ver o pessoal dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e da reforma psiquiátrica que não liga muito para o cérebro e que se sentem mais incluídos e acolhidos em alguns contextos. Onde vão parar os sintomas negativos da esquizofrenia dentro do cérebro num Centro da Atenção Psicossocial (Caps)?
O erro dessa abordagem psiquiatrizante é pular essas etapas prévias e ir diretamente para o cérebro usando uma abordagem indireta de tratamento do corpo ao invés de tratar as pessoas, os seus comportamentos e contextos sociais. Por isso acredito que décadas vão passar e nessa linha somente se vai continuar a receber dinheiro para pesquisa mas sem avanços consideráveis para os pacientes. Como já aconteceu até os dias de hoje.
Qualquer tratamento psicofisiológico tem o potencial de regular o cérebro de qualquer pessoa na direção desejada. Mas duvido que isso seja decisivo na recuperação. É só ver o pessoal dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e da reforma psiquiátrica que não liga muito para o cérebro e que se sentem mais incluídos e acolhidos em alguns contextos. Onde vão parar os sintomas negativos da esquizofrenia dentro do cérebro num Centro da Atenção Psicossocial (Caps)?
O erro dessa abordagem psiquiatrizante é pular essas etapas prévias e ir diretamente para o cérebro usando uma abordagem indireta de tratamento do corpo ao invés de tratar as pessoas, os seus comportamentos e contextos sociais. Por isso acredito que décadas vão passar e nessa linha somente se vai continuar a receber dinheiro para pesquisa mas sem avanços consideráveis para os pacientes. Como já aconteceu até os dias de hoje.
Para ler mais:
Joanna Moncrief. Esquizofrenia não é doença biológica
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