O conceito da análise comportamental do direito de que o comportamento indesejável é decidido politicamente me parece ser a base de toda a problemática da loucura. Um indivíduo é considerado louco para ser fragilizado politicamente, não poder mais defender os próprios interesses ou perspectivas de forma legitimada. A partir disso, se entende como e porque se usa a loucura como argumento: favorecer a perspectiva ou interesse particular e situacional de uma pessoa em detrimento da perspectiva ou interesse da outra pessoa fragilizada. É possível concluir que a reforma psiquiátrica é a problematização dessa política de fragilização de pessoas. Também torna possível entender porque a família, os psiquiatras e sociedade tende a não jogar contra a própria perspectiva para defender direitos, perspectivas e interesses dos chamados "loucos". Inclusive permite perceber como a palavra loucura e os rótulos de diagnósticos psiquiátricos são um instrumento social de fragilização que deveria ser evitado porque deixa de problematizar de forma legítima os embates sociais e os fecha/finaliza em uma relação de poder assimétrica. Também permite entender as razões políticas do sucesso dos "normais" ou a alta preferência por imitar os comuns e majoritários. Ou o fracasso social dos chamados "loucos", inclusive por meio de sabotagem e competição com os "normais". Quando alguém é diagnosticado ou chamado de louco isso é uma tentativa de ganhar ou finalizar um embate social e ensurdecer-se contra os argumentos do outro lado. A autocrítica que falta aos "normais" e psiquiatras/profissionais psi se origina da defesa das próprias perspectivas e interesses. A sociedade majoritária se une com as profissões psi para fragilizar aquilo que considera indesejável e isso é decidido politicamente. Se é decidido politicamente há um embate aberto e legítimo a ser feito.
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsia entre psiquiatras farmacológicos e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação.
Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes.
Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica.
Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco.
Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica.
Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro
Aviso!
Aviso!
A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las.
Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias.
Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente.
Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente.
A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível.
https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/
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