Perigos das Drogas Psiquiátricas compartilhou uma publicação.
Sociedade Internacional para Ética na Psicologia e Psiquiatria - ISEPP
O ano de 2018 termina com uma grande realização da qual muito me orgulho: a tradução para o Português e publicação do livro Delírio da Depressão.
Este livro, do médico irlandês Terry Lynch, demonstra com fatos e provas contundentes como fomos levados a acreditar no mito de que a depressão é um desequilíbrio químico cerebral que necessita de medicamentos para ser corrigido.
Durante muito tempo a sociedade e até a medicina aceitaram essa teoria como verdade.
Meu interesse no livro veio do fato de não saber que as drogas receitadas para depressão vem com um alerta - podem causar ideação suicida - minha filha tomou essas medicações e as consequências foram desastrosas e infelizmente ela tirou a própria vida.
Ficou a pergunta: como podemos chamar de medicamento algo que provoca exatamente aquilo que estamos querendo evitar?
Já foi constatado que os suicídios e homicídios provocados por quem toma medicações psiquiátricas são violentos. A pessoa usa arma de fogo, se atira em baixo de um trem ou de um prédio. Ela entra num transe psicótico e provoca algo que é irreversível. Os atiradores das escolas nos EUA que matam e depois se suicidam praticamente todos haviam passado por tratamentos com drogas psiquiátricas.
O livro demonstra que a crença na falsa teoria da depressão é a causa da exagerada prescrição de drogas psiquiátricas.
Decidi traduzir o livro para que mais pessoas possam estar cientes de que a depressão tem muitas causas mas não é um desequilíbrio de neurotransmissores e não existe pílula da felicidade que a resolva.
O dr. Terry descreve no livro que a prescrição correta para a cura da depressão passa por psicoterapia e o entendimento de traumas e problemas para que a pessoa possa assumir responsabilidade por eles e os medicamentos, se usados, devem ser retirados em pouco tempo.
Assim que esse livro é de extrema importância para quem sofre ou tem algum familiar com depressão, leia e decida por si mesmo.
Lia Beatriz Fleck
Tradutora
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsia entre psiquiatras farmacológicos e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação.
Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes.
Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica.
Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco.
Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica.
Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro
Aviso!
Aviso!
A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las.
Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias.
Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente.
Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente.
A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível.
https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
Não mais rótulos psiquiátricos
No more psychiatric labels: Why formal psychiatric diagnostic systems should be abolished
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S169726001400009X
Resumo
Este artigo argumenta que os diagnósticos psiquiátricos não são válidos ou úteis. O uso do diagnóstico psiquiátrico aumenta o estigma, não ajuda nas decisões de tratamento, está associado à piora do prognóstico a longo prazo dos problemas de saúde mental e impõe crenças ocidentais sobre sofrimento mental em outras culturas. Este artigo revisa a base de evidências focando em particular os achados empíricos em relação aos tópicos de: etiologia, validade, confiabilidade, tratamento e desfecho, prognóstico, colonialismo e impacto cultural e de políticas públicas. Esta evidência aponta para quadros baseados em diagnóstico para compreender e intervir em dificuldades de saúde mental, sendo incapaz de melhorar nosso conhecimento científico ou melhorar os resultados na prática clínica e sugere que precisamos nos afastar da confiança em abordagens baseadas em diagnóstico para organizar pesquisa e prestação de serviços. Modelos alternativos baseados em evidências para organizar cuidados de saúde mental eficazes estão disponíveis. Portanto, os sistemas formais de diagnóstico psiquiátrico, como a seção de saúde mental da Classificação Internacional de Doenças Décima Edição (CID-10) e o Manual Estatístico de Diagnóstico, Quinta Edição (DSM 5) devem ser abolidos.
Este artigo argumenta que os diagnósticos psiquiátricos não são válidos ou úteis. O uso do diagnóstico psiquiátrico aumenta o estigma, não ajuda nas decisões de tratamento, está associado à piora do prognóstico a longo prazo dos problemas de saúde mental e impõe crenças ocidentais sobre sofrimento mental em outras culturas. Este artigo revisa a base de evidências focando em particular os achados empíricos em relação aos tópicos de: etiologia, validade, confiabilidade, tratamento e desfecho, prognóstico, colonialismo e impacto cultural e de políticas públicas. Esta evidência aponta para quadros baseados em diagnóstico para compreender e intervir em dificuldades de saúde mental, sendo incapaz de melhorar nosso conhecimento científico ou melhorar os resultados na prática clínica e sugere que precisamos nos afastar da confiança em abordagens baseadas em diagnóstico para organizar pesquisa e prestação de serviços. Modelos alternativos baseados em evidências para organizar cuidados de saúde mental eficazes estão disponíveis. Portanto, os sistemas formais de diagnóstico psiquiátrico, como a seção de saúde mental da Classificação Internacional de Doenças Décima Edição (CID-10) e o Manual Estatístico de Diagnóstico, Quinta Edição (DSM 5) devem ser abolidos.
10 vezes mais difícil (Limitações)
As limitações de outras pessoas torna as coisas 10 vezes mais difíceis. Então o psiquiatra vê como defeituoso quem está numa situação 10 vezes mais difícil de resolver.
É uma das razões por que a saúde mental funciona na Finlândia. As pessoas são bem educadas e a economia é boa.
É uma das razões por que a saúde mental funciona na Finlândia. As pessoas são bem educadas e a economia é boa.
domingo, 30 de dezembro de 2018
Manicômio Bukowski
“Não são grandes coisas que levam um homem ao manicômio.
A morte está à espreita.
Ou o assassinato, incesto, roubo, fogo, inundação.
Não.
É uma contínua série de pequenas tragédias.
É o que leva um triste homem ao manicômio.
Não é pela morte de seu amor…
Mas um cordão que se rompe sem tempo restante.
Com cada cordão rompido
Entre centenas de cordões rompidos
Um homem, uma mulher, uma coisa entra no manicômio.
Então seja cuidadoso quando dobrar a esquina.”
Charles Bukowski
https://celiamoura.wordpress.com/2015/07/03/nao-sao-grandes-coisas-que-levam-um-homem-ao-manicomio/
Charles Bukowski Psiquiatria
Sobre PSIQUIATRIA:
"O que os pacientes psiquiátricos recebem? Eles recebem uma conta.
Eu acho que o problema entre o psiquiatra e o paciente é que o psiquiatra passa pelo livro, enquanto o paciente chega por causa do que a vida fez a ele ou ela. E, embora o livro possa ter algumas ideias, as páginas são sempre as mesmas no livro e cada paciente é um pouco diferente. Existem muito mais problemas individuais do que páginas. Pegue? Há muitas pessoas loucas para fazer isso, dizendo: "dólares por hora, quando este sinal toca, você está acabado." Isso sozinho levará qualquer pessoa quase louca à loucura. Eles apenas começaram a se abrir e se sentir bem, quando o psiquiatra diz: "Enfermeira, faça o próximo compromisso", e eles perderam o controle do preço, que também é anormal. É tudo muito fedorento mundano. O cara está fora para levar sua bunda. Ele não está disposto a curar você. Ele quer o dinheiro dele. Quando a campainha toca, traga a próxima "porca". Agora a sensível "porca" vai perceber quando o sino toca, ele está sendo fodido. Não há limite de tempo para curar a loucura, e não há contas para isso também. A maioria dos psiquiatras que eu vi parece um pouco perto da borda. Mas eles são muito confortáveis ... Eu acho que eles são muito confortáveis. Eu acho que um paciente quer ver um pouco de loucura, não muito. Ahhhh! (entediados) OS PSIQUIATROS SÃO TOTALMENTE INÚTIL! Próxima questão? "
http://desdeelmanicomio.blogspot.com/2010/10/on-psychiatry-charles-bukowski.html
sábado, 29 de dezembro de 2018
Definição comportamental de Esquizofrenia
A definição comportamental de esquizofrenia/psicose é vocalizações ou comportamentos inapropriados. Portanto, inclui qualquer tipo de determinantes e não necessariamente a dopamina (tratar a dopamina é tratar consequências nos comportamentos).
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Esforço/labor emocional e família
O esforço/labor emocional é exigido dos pacientes psiquiátricos. Já os familiares podem fazer horrores.
Crime e doença mental (erro de lógica)
"Suponhamos, por exemplo, que alguém nos garante que todo comportamento criminoso, ou todo desvio sexual, ou todos os desejos e decisões suicidas, são sintomáticos de doença mental. Hoje em dia é frequente ouvir coisas destas, notadamente por pessoas que são pagas para saber acerca disso. A primeira questão a opor a esses porta-vozes psiquiátricos, antes de começarmos e perguntar-nos se o que está sendo dito é verdade, é: "Que coisa está realmente sendo dita?" Estamos realmente perante uma autêntica afirmação contingente, ou trata-se simplesmente, em última análise, de uma questão de definição e de critérios mais ou menos arbitrariamente escolhidos? Ou seja, o que eles afirmam é que fizeram uma descoberta, talvez a descoberta de que todos os que cometem crimes são também doentes mentais, conformemente a critérios completamente independentes; ou será que eles estão tomando o próprio cometimento de um crime como um critério de doença mental, insistindo, de fato, que um tal comportamento constitui uma condição logicamente suficiente para ser doente mental, e que portanto para eles seria contraditório dizer que alguém está cometendo um crime mas não é doente mental? Em resumo, será que estamos na mesma situação do tempo em que o suicídio ainda era considerado crime pelas leis inglesas, e os júris, sem examinarem qualquer evidência psiquiátrica tecnicamente especializada, regularmente concluíam pelo veredito "Suicídio, durante perturbação do equilíbrio mental"?"
pág. 38
Livro: Pensar direito. Autor: Antony Flew.
Lógica: provas e refutações
"Mas quando se testa uma hipótese e se constata que
umas de suas consequências de fato se verifica, mesmo assim não fica
demonstrado que a hipótese é verdadeira. Pag. 24
Há
uma assimetria da verificação e da falsificação (refutação). Basta um
único contraexemplo genuíno para refutar qualquer dessas proposições.
Mas por maior que seja o número de exemplos confirmatórios que se possa
apresentar, é impossível [confirmar] qualquer delas de maneira
correspondentemente decisiva e final. Foi essa observação lógica que
levou Francis Bacon a fazer sua tão citada afirmação de que é " maior a
força do caso negativo". Pag. 24
"Toda
proposição universal pode ser decisivamente falsificada (refutada), e
sua contraditória verificada de modo igualmente decisivo, pela
apresentação de um único contraexemplo autêntico." (pág. 34)
Livro: Pensar direito. Autor: Antony Flew.
Logo, não importa quantas vezes a pessoa não conseguiu retirar a droga psicoativa ainda não fica provado de maneira decisiva e final que é necessária para a vida toda.
Frase Kennedy Vitória e Fracasso
“A vitória tem mais de uma centena de pais – a derrota, por outro lado, essa é sempre órfã.”
https://robinsonfarinazzo.com.br/jfk-100-anos-em-10-frases/
https://robinsonfarinazzo.com.br/jfk-100-anos-em-10-frases/
Ir à lua (kennedy)
"Escolhemos
ir à Lua nesta década e fazer
outras coisas, não porque isso
seja fácil, mas porque é difícil,
porque este objetivo servirá
para organizar e medir o melhor das nossas energias e habilidades, porque o desafio é
um dos que estamos dispostos a aceitar".
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
Deficiência psicossocial e atitudes sociais
A deficiência psicossocial é uma deficiência da atitudes da sociedade.
domingo, 23 de dezembro de 2018
fatores socioeconômicos e campo psi
"Também se argumentou que pode ser problemático enfocar os recursos e forças psicológicas ou comunitárias e o capital social, pois isso pode mascarar o foco em fatores socioeconômicos, que são causas fundamentais de sofrimento (Friedli, 2016; Rogers and Pilgrim, 2010). Knifton, 2015). De fato, Friedli argumenta: “Escolher a psicanálise sobre a análise econômica tem sérias consequências sobre como a saúde pública explica e responde a questões de justiça social” (Friedli, 2016, p. 216, ênfase original). Esse argumento pode ser particularmente relevante para a saúde mental, onde as conceituações psicológicas podem predominar. Dentro de uma estrutura política neoliberal, existe o perigo de endossar conceitualizações individualistas de problemas sociais e econômicos complexos, onde o modelo biomédico predominante freqüentemente resultou em uma negligência sistemática do impacto das barreiras sociais e estruturais experimentadas por pessoas com problemas de saúde mental (Bayetti et al., 2016; Friedli, 2016). Assim, enquanto a relevância dos fatores psicossociais é reconhecida, é importante aumentar a relevância das desigualdades sociais e econômicas que geram desigualdades em saúde mental em nível populacional."
https://www.nature.com/articles/s41599-018-0063-2
privação e injustiça social
'levels of mental distress among communities need to be understood less in terms of individual pathology and more as a response to relative deprivation and social injustice' (Friedli, 2009, p.III)
“os níveis de sofrimento mental entre as comunidades precisam ser menos compreendidos em termos de patologia individual e mais como uma resposta à privação relativa e à injustiça social” (Friedli, 2009, p.III).
https://www.nature.com/articles/s41599-018-0063-2
“os níveis de sofrimento mental entre as comunidades precisam ser menos compreendidos em termos de patologia individual e mais como uma resposta à privação relativa e à injustiça social” (Friedli, 2009, p.III).
https://www.nature.com/articles/s41599-018-0063-2
sábado, 22 de dezembro de 2018
Citações 1 Arte esquecida de curar
"Além de diminuir o tempo dedicado à conversa com o paciente, as atuais práticas médicas se concentram no agudo e no urgente, indiferentes em grande parte à prevenção da doença e à promoção da saúde. E, então, embora a medicina preventiva seja reconhecida como o método mais custo-efetivo de encarar a doença, ela é completamente negligenciada, por exigir muito tempo. Inevitavelmente, a prevenção diligente fica em segundo plano, ultrapassada pelas curas heroicas." (p. 12-13)
"Para o médico, a grata reação do cliente confirma que seguiu o caminho certo. Além disso, reforça-lhe a ideia de que envergar a antiga túnica de Cassandra e profetizar o pior é, para o clínico, o processo mais rendoso, tanto psicológica como financeiramente." (p. 14-15)
A arte esquecida de curar - Dr. Bernard Lown
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Medicina da doença (Uronal Zancan)
"Nenhum tratamento, seja alopático ou holístico (integrativo), conseguirá eliminar os sinais e sintomas da manifestação de doença, já que eles não atuam na causa primária, que é a perda de saúde de todas as células do organismo. Eles tem o foco apenas em diminuir a manifestação dos sinais e dos sintomas do órgão em que estão mais evidentes, ou seja, na expressão da doença.
O diagnóstico da doença e a indicação de tratamentos cada vez mais sofisticados e caros estarão no centro do pensamento e das ações do médico, e não a recuperação da saúde. Dessa forma, com a atenção - do médico e do paciente - voltada para a doença, torna-se muito difícil - ou até impossível - chegar à cura.
O máximo que a Medicina da doença conseguirá fazer é permitir que o indivíduo diminua os sintomas e estenda a vida, mas manterá a ideia de que será necessário tomar remédios por um longo período, ou até mesmo para sempre. Toda a energia do paciente é dirigida ao paciente tratamento e não à cura. Sua mente e seu corpo trabalharão com foco na doença para que o tratamento funcione, não há foco nem esforço para ganhar saúde.
Livro: A conquista da supersaúde - Autor: Dr. Uronal Zancan
(p. 188-189)
Fonte da calma
O que deixa calmo é desistir de mudar os familiares. Não esperar mais nada. Não discutir mais nenhum assunto sensível.
natureza humana é antinatural
"Diferimos, de alguma forma, um do outro por nossa dotação genética, mas a posição social depende mais de uma combinação de acidentes com uma dotação econômica e educacional inicial do que dos genes."
[O naturalismo] [...] "mascara as fontes econômicas, políticas e culturais das desigualdades sociais e os conflitos resultantes."
Mario Bunge: “A natureza humana é totalmente antinatural”
Por Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira
- mar 12, 2018
https://universoracionalista.org/a-natureza-humana-e-totalmente-antinatural/?fbclid=IwAR29fogkEWxbpXrFILRaQ4VIrwxXpty6Pi7PjW1K_b_wE_DY56MDO2GZQEA
[O naturalismo] [...] "mascara as fontes econômicas, políticas e culturais das desigualdades sociais e os conflitos resultantes."
Mario Bunge: “A natureza humana é totalmente antinatural”
Por Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira
- mar 12, 2018
https://universoracionalista.org/a-natureza-humana-e-totalmente-antinatural/?fbclid=IwAR29fogkEWxbpXrFILRaQ4VIrwxXpty6Pi7PjW1K_b_wE_DY56MDO2GZQEA
Atos normais graves
Pessoas comuns, "normais" ou "saudáveis" podem falar e fazer atos mais graves, mais irracionais e violentos do que pacientes psiquiátricos e ninguém se preocupar.
A diferença pode ser apenas de não ter consultado psiquiatra, ter uma família mais tolerante ou não ser submetido a um regime rigoroso de regulação externa ou não ter pessoas na família que se "beneficiam" com a medicalização de um familiar.
O paciente psiquiátrico, por ter pedido ajuda, passa a ser acuado dentro da família e tem o próprio curso de vida prejudicado. Como se o "destino social" se ajustasse ao diagnóstico. É a percepção social sobre a pessoa diagnosticada que define o seu destino ou lugar piores na sociedade.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
O cérebro importa, o resto não
Há algo de muito pernicioso no discurso da psiquiatria biológica de que só importa o cérebro e "não importa o que ele fala, sente ou faz" e "nem importa o ambiente e a história". A partir disso surgem a perda interligada de direitos e a violência psicológica e simbólica.
Desonestidade e argumentação
Para pessoas desonestas toda discussão aberta e argumentação é inapropriada. Não há o que fazer. É melhor não discutir pois isso vai ser usado contra a pessoa do argumentador (ser desqualificado como louco).
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
O Homem Elefante e a cultura manicomial
É possível fazer uma analogia boa desse filme com a experiência de ser percebido através de um diagnóstico. Os conceitos do modelo médico em saúde mental são conceitos com consequências manicomiais de periculosidade, incapacidade e irresponsabilidade (a cultura manicomial). A luta antimanicomial e a reforma psiquiátrica desconstroem essa cultura.
O Homem Elefante
1980 ‧ Drama/Terror ‧ 2h 5m
John Merrick nasceu desfigurado e parecia estar condenado a uma triste existência como atração de um show de aberrações. Porém, um cirurgião londrino o introduziu à sociedade. Apesar de suas dolorosas experiências, Merrick é gentil e inteligente e se torna convidado frequente nos salões vitorianos, mas precisa cobrir totalmente as feições deformadas.
Joseph Merrick
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Joseph Merrick
O Homem Elefante
1980 ‧ Drama/Terror ‧ 2h 5m
John Merrick nasceu desfigurado e parecia estar condenado a uma triste existência como atração de um show de aberrações. Porém, um cirurgião londrino o introduziu à sociedade. Apesar de suas dolorosas experiências, Merrick é gentil e inteligente e se torna convidado frequente nos salões vitorianos, mas precisa cobrir totalmente as feições deformadas.
Joseph Merrick
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Joseph Merrick
Joseph Merrick aos 26 anos.
Joseph Carey Merrick (5 de agosto de 1862 — 11 de abril de 1890), cidadão inglês, ficou conhecido como Homem Elefante por causa da sua aparência física causada por uma doença congênita. A sua condição granjeou-lhe a afeição da Grã-Bretanha vitoriana.
Joseph Carey Merrick (5 de agosto de 1862 — 11 de abril de 1890), cidadão inglês, ficou conhecido como Homem Elefante por causa da sua aparência física causada por uma doença congênita. A sua condição granjeou-lhe a afeição da Grã-Bretanha vitoriana.
neuroliteratura
Neuroliteratura é propaganda da psiquiatria biológica e do modelo médico em saúde mental.
A Neuroliteratura | Paulo Werneck
A Neuroliteratura | Paulo Werneck
"O crítico literário Paulo Werneck, nesta edição, nos mostra como na
produção literária contemporânea os temas da medicina capturam os
romances, produzindo escritores que se apropriam dos saberes médicos, e
como também relatos médicos passaram a ser romanceados. Mas, se a
literatura expressa tensões e crises de cada tempo, o que este casamento
entre a ciência médica e a literatura nos revela de nossos dias?"
Desmame, crises e afirmação abrangente
Os psiquiatras biológicos afirmam que ao descontinuar as drogas psicoativas irá ocorrer um incidente (crise) em 6 meses.
Ora, essa afirmação é tão abrangente que é muito fácil satisfazer essa condição. Apenas alguém com muita psicoterapia de qualidade é capaz de passar 6 meses ou mais tempo sem nenhum incidente.
Referência:
#CanalUSP
Teoria da Argumentação (Aula 9, parte 1, 2 e 3)
Ora, essa afirmação é tão abrangente que é muito fácil satisfazer essa condição. Apenas alguém com muita psicoterapia de qualidade é capaz de passar 6 meses ou mais tempo sem nenhum incidente.
Referência:
#CanalUSP
Teoria da Argumentação (Aula 9, parte 1, 2 e 3)
CENATPLAY
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Trocar drogas pela vida inteira
Peter R. Breggin, Psiquiatra.
"O que colocar no lugar das drogas? A vida inteira"
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
"O que colocar no lugar das drogas? A vida inteira"
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
Tratamento involuntário é violência familiar
"Prescrição de drogas psicoativas para crianças, adolescentes e jovens de forma involuntária é violência familiar"
Peter R. Breggin, MD
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
Uma tentativa de manter condições ambientais insustentáveis e violentas através de drogas.
Peter R. Breggin, MD
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
Uma tentativa de manter condições ambientais insustentáveis e violentas através de drogas.
Psicoterapia manualizada
https://www.madinamerica.com/2018/12/data-challenges-promotion-manualized-psychotherapy-superior/
Data Challenges Superiority of Manualized Psychotherapy
Data Challenges Superiority of Manualized Psychotherapy
New data fails to support the promotion of manualized psychotherapy as superior to non-manualized forms of psychotherapy.
domingo, 16 de dezembro de 2018
"estão dizendo"
As pessoas normalizadas são o pessoal do se estão dizendo é verdade. Ou se estão dizendo é melhor eu surfar essa onda.
sábado, 15 de dezembro de 2018
Esquizo estagnado
Profissionais da psicologia e psiquiatria dizem que as pessoas diagnosticadas com esquizofrenia ficam estagnadas e são incapazes de passar disso.
Mas quem conhece familiares de pacientes sabe que os familiares são tão ou mais estagnados na tradição e sentimentos que os pacientes que são obrigados a fazer psicoterapia.
Mas quem conhece familiares de pacientes sabe que os familiares são tão ou mais estagnados na tradição e sentimentos que os pacientes que são obrigados a fazer psicoterapia.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Argumentos inúteis
Familiares e psiquiatras biológicos são quase que completamente insensíveis à qualquer tipo de argumentação. Então o paciente se exalta e eles chamam isso de estar "alterado" e "deteriorado".
Os primeiros 15 minutos dessa aula explicam a dificuldade de se usar argumentos que contrariam costumes/tradição e sentimentos. E outras dificuldades ao lidar com pessoas normalizadas.
Canal USP
Teoria da Argumentação (Aula 9, parte 1)
https://youtu.be/MO8XWCsjNjY
Neste vídeo, o Prof. Caetano Plastino apresenta a primeira parte da aula sobre Teoria da Argumentação, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Esta e as outras aulas de Práticas de Leitura e Escrita Acadêmica foram gravadas durante o segundo semestre de 2017.
Livro Conquista da supersaúde
https://prosersaude.com.br/livro
Trata de promoção de saúde. Situa bem porque o uso de medicamentos é dispensável. O interesse comercial nas patentes de medicamentos é um dos motivos.
Trata de promoção de saúde. Situa bem porque o uso de medicamentos é dispensável. O interesse comercial nas patentes de medicamentos é um dos motivos.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
Slow Medicine Palestra Dr Dario Birolini
Slow Medicine Palestra Dr Dario Birolini
https://www.youtube.com/watch?v=l27jLg3vij0
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
'Munchausen' - VICE Shorts
The Trouble With Mom - 'Munchausen' - VICE Shorts
https://youtu.be/G9Rxu5uW41Q
Ari Aster's new short film, Munchausen, is a Pixar-inspired silent short about a clingy mother (played by Bonnie Bedelia, John McClaine's wife in Die Hard) who goes to a bunch of extreme lengths to keep her son from going off to college. The film was an official selection at Fantastic Fest and we're excited to share it here today.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Indicar internação dá dinheiro
Psiquiatras podem ganhar bastante dinheiro indicando internação psiquiátrica em hospitais psiquiátricos privados.
É bastante assimétrico: as motivações ajudam ou facilitam ser diagnosticado, prescrito e mantido como cliente.
Já terminar o tratamento, evitar internação psiquiátrica ou medicalização é "muito difícil".
É bastante assimétrico: as motivações ajudam ou facilitam ser diagnosticado, prescrito e mantido como cliente.
Já terminar o tratamento, evitar internação psiquiátrica ou medicalização é "muito difícil".
Transtorno Factício Imposto em Outra (FDIA)
Factitious Disorder Imposed on Another (FDIA)
Factitious
disorder imposed on another (FDIA) formerly Munchausen syndrome by proxy
(MSP) is a mental illness in which a person acts as if an individual he
or she is caring for has a physical or mental illness when the person
is not really sick.
Transtorno Factício Imposto em Outra (FDIA)
Transtorno factício imposto em outra (FDIA) anteriormente denominada síndrome de Munchausen por procuração (MSP) é uma doença mental na qual uma pessoa age como se um indivíduo que ele ou ela estivesse cuidando tivesse uma doença física ou mental quando a pessoa não está realmente doente.
transtornos do amor
Quase todos os distúrbios emocionais são distúrbios do amor, e nos
curamos desses distúrbios na medida em que aprendemos a dar e a aceitar o
amor.
Comecei a pensar e a tentar implementar esses conceitos como estudante
universitário (1954-1958) como voluntário em um hospital psiquiátrico
estadual. Eu os explorei em dois dos meus primeiros livros, A
Psiquiatria Tóxica: Por que terapia, empatia e amor devem substituir as
teorias de drogas, eletrochoque e bioquímica da “nova psiquiatria” (1991) e Além do conflito: da auto-ajuda e psicoterapia à pacificação (1992).
sábado, 8 de dezembro de 2018
Sugestões do psiquiatra ao fazer diagnóstico
No ato de perguntar de acordo com uma formulação conceitual pode levar a induzir concordâncias com sugestões do psiquiatra. Os fatos são distorcidos pela descrição conceitual psiquiátrica ou mesmo inexistentes devido à simpatia, prestígio da medicina ou amabilidade do paciente. O psiquiatra domina a conversa inclusive induzindo discurso e aprendizagem.
Diagnósticos psiquiátricos podem ser induzidos. Ainda mais pela interpretação de que no DSM-V a maioria do que acontece é grau/gradação de algum sintoma
As formulações conceituais (framing) da psiquiatria biológica levam a perder resiliência (capacidade de superar dificuldades) ao substituir e desviar estratégias de enfrentamento de inteligibilidade de questões humanas para a ingestão de medicamentos e justificação/perdão/desresponsabilização do que se faz para entender a própria vida de acordo a vivência passiva de quadros psiquiátricos cerebrais. A pessoa passa a se perceber como vítima do acaso biológico ou como uma manifestação inferior do humano. O que está de acordo com o modelo médico.
Diagnósticos psiquiátricos podem ser induzidos. Ainda mais pela interpretação de que no DSM-V a maioria do que acontece é grau/gradação de algum sintoma
As formulações conceituais (framing) da psiquiatria biológica levam a perder resiliência (capacidade de superar dificuldades) ao substituir e desviar estratégias de enfrentamento de inteligibilidade de questões humanas para a ingestão de medicamentos e justificação/perdão/desresponsabilização do que se faz para entender a própria vida de acordo a vivência passiva de quadros psiquiátricos cerebrais. A pessoa passa a se perceber como vítima do acaso biológico ou como uma manifestação inferior do humano. O que está de acordo com o modelo médico.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
uso da palavra loucura
A palavra "louco(a)" é usada de maneira parecida com a palavra coisa. É usada para vários significados específicos ou descrições específicas. Os significados reais se silenciam e se deixa de lidar com o fato real para lidar com um julgamento de valor. Dessa maneira, a defesa da posição correta em relação a uma equivocada deixa de ser necessária.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Ortodoxia 1984
"Ortodoxia quer dizer não pensar... não precisar pensar."
George Orwell
Livro 1984
p. 53
George Orwell
Livro 1984
p. 53
Culturas minoritárias e psiquiatria biológica
A psiquiatria biológica visa excluir culturas minoritárias. Isso é demonstrável a partir dos critérios de avaliação. Ao transformar culturas minoritárias em defeito biológico oculta ou mascara isso.
Estupidamente são (Bukowski)
"Há todo tipo de loucos
alguns mais talentosos
em seus caminhos
do que os sobrenumerosos
estúpidos estupidamente
são."
alguns mais talentosos
em seus caminhos
do que os sobrenumerosos
estúpidos estupidamente
são."
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Dieta inflamatória
Estudo Explora Conexões Entre Dieta e 'Doenças Mentas Sérias'
"O estudo descobriu que os indivíduos diagnosticados com esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão têm dietas mais inflamatórias e mais calóricas. Confira Aqui" (Da Newsletter do Mad in Brasil.org)
https://madinbrasil.org/2018/11/estudo-explora-conexoes-entre-dieta-e-doencas-mentais-serias/
"O estudo descobriu que os indivíduos diagnosticados com esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão têm dietas mais inflamatórias e mais calóricas. Confira Aqui" (Da Newsletter do Mad in Brasil.org)
https://madinbrasil.org/2018/11/estudo-explora-conexoes-entre-dieta-e-doencas-mentais-serias/
realidade Virginia Woolf
Virginia Woolf
"eu me pergunto o que é a realidade e o quem são os juízes da realidade"
O cansaço da ficção | Julián Fuks
sábado, 1 de dezembro de 2018
Paródia Desagrado Diagnosticar
Eu falo tudo o que eles não gostam de escutar. Deve ser por isso que eles querem me diagnosticar.
Charlie Brown Jr - Tudo que ela gosta de escutar
Falando sério: quem bate de frente corre o risco de ser desqualificado por "inimigos". É preciso lembrar o lado de experiência humana que é perdido pelas explicações cerebrais e que pode criar muros no sentido de não admitir discutir de igual para igual com pessoas diagnosticadas.
Missionários Modernos
"Missionários Modernos: Intervindo onde você não é necessário ou desejado
Os profissionais de saúde mental adoram dizer ao mundo como devem ou não se comportar, o que são e o que não são comportamentos, crenças e emoções aceitáveis e como medicamentos e terapia são necessários em quase todas as situações. Mas o que eles amam ainda mais é mostrar como são úteis e necessários.
No final, qualquer ideologia corre o risco de se tornar polêmica e autoritária; a psiquiatria já cruzou essa linha. Quando os interesses de negócios e de carreira distorcem aqueles com uma forte identidade de ser o ‘bom rapaz ou ‘ajudante’, então qualquer sugestão de que eles não são necessários ou estão fazendo mal não é ouvida e descartada. Esses indivíduos têm dificuldade incrível em manter a raiva, reconhecer quando estão errados, dizer “sinto muito” ou, melhor: “não sei”.
No processo, o ajudante corre o risco de se tornar um destruidor."
https://madinbrasil.org/2018/12/trauma-fora-da-caixinha-como-a-tendencia-informada-pelo-trauma-fica-aquem/?fbclid=IwAR0b2-AlO8JWGiyiPuRVaF8itbtAhGb3cy3c2GfLRyEnFwEmoGsOWkaMaQE
Poder, verdade e autoridade
"O ideal de Kant de nos esclarecermos sobre muitas áreas diferentes é algo meio ingênuo, pois subestima o real tamanho do corpo de conhecimento de cada área e a real dificuldade de se esclarecer sobre cada uma delas. Nós dependemos de autoridades, queiramos ou não, nas áreas em que não temos tempo ou interesse de nos aplicarmos à altura do ideal iluminista. Nesse sentido, é verdade que muito do que sabemos vem do “poder”: o poder das autoridades sobre algum assunto. Mas, como mostra a resistência de negadores de teorias científicas, o poder dessas autoridades muitas vezes não é suficiente para que muitos acreditem que as suas teorias são verdadeiras. Há diferentes poderes, alguns derivam de notoriedade originada na competência, outros derivam de articulação política, voto, etc. São poderes substancialmente diferentes, e ainda assim nós temos na maior parte dos casos a opção de deixar de depender do poder das autoridades e avaliar por nós mesmos a verdade do que estão dizendo."
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
Agenda oculta dos familiares
Não importa o que o "paciente" faça ou diga. Nada vai funcionar pois pode haver uma agenda oculta da parte dos familiares.
Culturas minoritárias e "problemas psicológicos"
Na antropologia é descrito como culturas ou grupos minoritários. Na psicologia é encarado como loucura. A psicologia estabelece alguns padrões culturais como regras universais. É um julgamento arbitrário da psicologia.
Movimentos sociais alternativos são vistos como seitas ou coisa de reacionário.
Ir contra hegemonias culturais naturalizadas é visto como loucura.
Tentam convencer metaleiros a cortar o cabelo, etc.
Culturas minoritárias podem ser positivas. Mas o pessoal da psicologia tenta se promover se associando com movimentos que tenham popularidade.
Esquece-se que as culturas majoritárias podem ser preguiçosas, estúpidas e prejudiciais.
Esquece-se que as culturas majoritárias podem ser preguiçosas, estúpidas e prejudiciais.
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
Apelo econômico da psiquiatria
A popularidade da psiquiatria não se explica somente porque as pessoas são sugestionaveis. Há um conluio entre pacientes, familiares, médicos e indústria farmacêutica . Todos tem incentivo econômico para defender o conceito de doença incapacitante.
Ao invés de aposentar todo mundo seria possível construir ambientes de trabalho mais acessíveis e toleráveis para todos.
Ao invés de aposentar todo mundo seria possível construir ambientes de trabalho mais acessíveis e toleráveis para todos.
Amostra grátis
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/05/03/amostra-gratis-influencia-prescricao-de-medicos-mostra-estudo.htm
"ao receber uma amostra, o paciente precisa conhecer outras opções e seu efeito direto sobre a qualidade e o valor do medicamento que estão recebendo"
"ao receber uma amostra, o paciente precisa conhecer outras opções e seu efeito direto sobre a qualidade e o valor do medicamento que estão recebendo"
Argumentação->raiva->doença
Argumentação é interpretada como raiva.
Raiva não legitimada é interpretada como defeito biológico
Raiva não legitimada é interpretada como defeito biológico
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Crise no emprego eleva em 1,6 milhão o número de consultas psiquiátricas
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/crise-no-emprego-eleva-em-14-milhao-o-numero-de-consultas-psiquiatricas.shtml
Psiquiatria não deveria ser primeira opção, mas última.
“Com o maior debate público sobre o tema, beneficiários percebem que um sintoma que associavam a comportamento pode ser uma doença”, diz ela.
Incentivo ao trabalho de deficientes no Brasil
Competências e empregos : uma agenda para a juventude : Síntese de constatações, conclusões e recomendações de políticas (Portuguese)
http://documents.worldbank.org/curated/en/953891520403854615/Síntese-de-constatações-conclusões-e-recomendações-de-políticas?fbclid=IwAR2TeP1gfomNHAqDsqwC-mh6uJaJ0PBNWgGjtobqa3bmdaMn6RKs90u0zGQ
Desengajamento econômico
O conceito de desengajamento econômico: "[...] se baseia em modelos seminais de formação de capital humano que traçam vias para o desenvolvimento de competências que começam no lar e na comunidade, passam pela escola e continuam depois que os jovens conseguem um emprego. O marco conceitual enfatiza, além da inserção na escola (frequência escolar), a importância da qualidade dessa educação e das oportunidades de aprendizagem no local de trabalho. Uma percepção nova decorrente do marco conceitual é que o risco de desengajamento econômico pode tomar diversas formas e intensidades, mesmo quando os jovens estudam ou trabalham."
Competências e empregos : uma agenda para a juventude : Síntese de constatações, conclusões e recomendações de políticas (Portuguese)
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
Necessidade de apoio alternativo
“A recusa da psiquiatria dominante em levar a sério essas descobertas e resolver os problemas inevitavelmente deixa o vasto número de pessoas que experimentam graves problemas de abstinência de antidepressivos sozinhos, sem apoio, párias virtuais, deixando a essas pessoas pouca opção além de se apoiar umas às outras da melhor maneira possível, através da internet e outros grupos.”
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
Conto de fadas da felicidade farmacológica
Award Winning Animator’s Short Film ‘Happiness’ Is Absolutely Brilliant
Quem já experimentou psicofármacos sabe que a felicidade farmacológica é um conto de fadas. Os psicofármacos prescritos pelos médicos e psiquiatras são desagradáveis. Se os psicofármacos trouxessem prazer como as drogas ilícitas seriam viciantes. Uma parcela do discurso contra a medicalização ainda vende inadvertidamente esse conto de fadas.
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Destinados ao controle (Sidman)
"Além disso, é claro, nós queremos estudar o comportamento humano porque somos humanos – embora muitos dos que se opõem ao tratamento científico do comportamento humano o façam por considerar tal tratamento desumano. Queremos saber sobre nós e onde nos encaixamos no universo. O conflito aqui é entre aqueles que, como eu, se sentem confortáveis com o conhecimento de que nos encaixamos, e aqueles que precisam acreditar que nós ocupamos uma posição especial, no controle, e não submetidos à lei natural. Infelizmente esses são hoje predominantes e, assumindo seu supostamente predestinado controle sobre partes animadas e inanimadas do mundo, levaram esse mundo por um caminho de destruição.
Grupos de interesses especiais como este, dedicados à análise experimental do comportamento humano estão, portanto, fazendo algo mais do que reunindo e sistematizando dados experimentais sobre o comportamento humano. Estão ajudando a colocar a humanidade dentro do mundo, não fora dele e em conflito com ele. Eu penso que vale a pena manter essa dimensão social mais ampla de nosso trabalho bem a vista."
REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO / BRAZILIAN JOURNAL OF BEHAVIOR ANALYSIS , 2005, VOL .1 NO . 2, 125-133
A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO HUMANO EM CONTEXTO 1,2
MURRAY SIDMAN
SARASOTA, FLÓRIDA, UNITED STATES
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Erros médicos
https://www.jn.pt/arquivo/2005/interior/diagnostico-reservado-na-saude-516847.html
A partir dos anos 90, tem vindo a evoluir o quadro dos direitos dos doentes e utentes de saúde, recorre-se cada vez mais aos tribunais, mas continua a ser difícil conseguir fazer prova contra um médico ou outro profissional de saúde.
terça-feira, 13 de novembro de 2018
Survival of a Whistleblower
Survival of a Whistleblower – Peter C. Gøtzsche at Summer Institute 2018
SURVIVAL OF A WHISTLEBLOWER To be a whistleblower is not easy. Particularly not in healthcare, which is riddled with financial conflicts of interest, corruption, political ambitions about becoming re-elected by promising people screenings that do more harm than good, and personal hobby horses. Part of big pharma’s business model is organized crime, which envolves fraud, both in research and marketing. Our prescription drugs are the third leading cause of death, after heart disease and cancer, and I have estimated, based on the best research I could find, that psychiatric drugs alone are also the third leading cause of death. Yet, hardly anyone raises an eyebrow; in fact, we irrigate whole populations with psychiatric drugs as if they were mental fertilizers. Most whistleblowers suffer a terrible fate. Peter Rost has described how things went for 233 people who blew the whistle on fraud: 90% were fired or demoted, 27% faced lawsuits, 26% had to seek psychiatric or physical care, 25% suffered alcohol abuse, 17% lost their homes, 15% got divorced, 10% attempted suicide and 8% went bankrupt. But in spite of all this, only 16% said that they wouldn’t blow the whistle again. I shall try to explain how it was possible for me to blow the whistle for 30 years and yet still have a highly rewarding career. PETER C. GØTZSCHE Professor Peter C. Gøtzsche graduated as a Master of Science in Biology and Chemistry in 1974 and as a Physician 1984. He is a specialist in internal medicine; worked with clinical trials and regulatory affairs in the drug industry 1975-1983, and at hospitals in Copenhagen 1984-95. SUMMER INSTITUTE The 2018 Summer Institute on Bounded Rationality took place on June 19 – 27, 2018, at the Max Planck Institute for Human Development in Berlin, Germany.
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Schizophrenia Genetic Research MIA
Episode 21 Dr Jay Joseph: Why Schizophrenia Genetic Research is Running on Emptyhttps://www.youtube.com/watch?v=FkqqkNr53ic
his week on MIA Radio we interview Dr Jay Joseph. Dr Joseph is a clinical psychologist and author who brings a critical perspective to claims in the media and the academic literature that disordered genes underlie psychiatric disorders. His most recent books are The Trouble with Twin Studies: A Reassessment of Twin Research in the Social and Behavioral Sciences and the 2017 e-book Schizophrenia and Genetics: The End of an Illusion. In this interview, we discuss the evidence that psychiatry puts forward in support of the claim that mental disorders have an important genetic basis and the reasons why psychiatry is still searching after many decades of failed attempts. In the episode we discuss: How Dr Joseph, as a clinical psychologist, came to be interested in the validity of the diagnosis of schizophrenia. How he then became interested in the assertions by psychiatry that diagnoses such as schizophrenia had a genetic basis. That he discovered that the evidence for genetic factors underlying major psychiatric disorders is very weak and based mainly on twin and adoption studies. That, despite decades of work, there have been few if any discoveries of disordered genes that cause the major psychiatric disorders. How twin and adoption studies are used to try and demonstrate the relationship between genetics and mental disorders. That people are being told that their mental illness is genetically based which is not supported by evidence and it is rather like the chemical imbalance myth in this regard. That a disorder or condition ‘running in the family’ means that it is ‘genetic’ is also a common misconception. That psychiatry seems to be focused on finding the ‘cause’ of mental disorders within the body, rather than acknowledging that social and environmental factors are the main causes of trauma, distress, and psychological dysfunction. To get in touch with us email: podcasts@madinamerica.com © Mad in America 2017
his week on MIA Radio we interview Dr Jay Joseph. Dr Joseph is a clinical psychologist and author who brings a critical perspective to claims in the media and the academic literature that disordered genes underlie psychiatric disorders. His most recent books are The Trouble with Twin Studies: A Reassessment of Twin Research in the Social and Behavioral Sciences and the 2017 e-book Schizophrenia and Genetics: The End of an Illusion. In this interview, we discuss the evidence that psychiatry puts forward in support of the claim that mental disorders have an important genetic basis and the reasons why psychiatry is still searching after many decades of failed attempts. In the episode we discuss: How Dr Joseph, as a clinical psychologist, came to be interested in the validity of the diagnosis of schizophrenia. How he then became interested in the assertions by psychiatry that diagnoses such as schizophrenia had a genetic basis. That he discovered that the evidence for genetic factors underlying major psychiatric disorders is very weak and based mainly on twin and adoption studies. That, despite decades of work, there have been few if any discoveries of disordered genes that cause the major psychiatric disorders. How twin and adoption studies are used to try and demonstrate the relationship between genetics and mental disorders. That people are being told that their mental illness is genetically based which is not supported by evidence and it is rather like the chemical imbalance myth in this regard. That a disorder or condition ‘running in the family’ means that it is ‘genetic’ is also a common misconception. That psychiatry seems to be focused on finding the ‘cause’ of mental disorders within the body, rather than acknowledging that social and environmental factors are the main causes of trauma, distress, and psychological dysfunction. To get in touch with us email: podcasts@madinamerica.com © Mad in America 2017
Esquizofrenia e genética: o fim de uma ilusão
Esquizofrenia e genética: o fim de uma ilusão
Estamos nos aproximando de um período de crise e reavaliação nos campos da genética comportamental e da genética psiquiátrica, pois as tentativas de descobrir “genes para o comportamento”, com possíveis raras exceções, não tiveram sucesso. A esquizofrenia é o transtorno psiquiátrico mais investigado, mas embora tenha havido muitas alegações de "associação" de genes, décadas de estudos de genética molecular não conseguiram produzir um único gene causador. Em um comunicado de imprensa oficial de 2013, a American Psychiatric Association admitiu que a psiquiatria e seu subcampo de genética psiquiátrica “ainda estão esperando” pela identificação de “marcadores biológicos e genéticos” para transtornos psiquiátricos. Embora algumas alegações de descoberta de genes tenham aparecido desde então, a psiquiatria continua a "esperar".
Nesse contexto, o psicólogo Jay Joseph enfoca as deficiências metodológicas e as suposições questionáveis de estudos anteriores de famílias, gêmeos e adoção com esquizofrenia. Ele mostra que, embora as interpretações genéticas dos estudos de gêmeos com esquizofrenia sejam baseadas na suposição de que pares de gêmeos monozigóticos (MZ) e dizigóticos (DZ) criados juntos crescem experimentando ambientes de influência de comportamento semelhantes ("iguais"), esta suposição é claramente falsa. Ele conclui que os estudos de gêmeos com esquizofrenia, como os estudos de famílias com esquizofrenia, são incapazes de separar o impacto potencial das influências genéticas e ambientais. Em ambos os tipos de estudos, portanto, os resultados podem ser explicados inteiramente por fatores não genéticos.
Voltando-se para a pesquisa de adoção, Joseph coloca os influentes estudos de adoção dinamarqueses-americanos das décadas de 1960-1990 sob o microscópio, levando os leitores a uma jornada através de estudos maciçamente falhos, tendenciosos e ambientalmente confusos que foram apresentados em livros padrão de maneira enganosa desde então década de 1970. Esses textos ignoraram ou ocultaram falhas metodológicas, factuais e até ético-científicas que, além de estudos gêmeos baseados na falsa suposição de que os ambientes MZ e DZ são iguais, questionam tudo o que supostamente “sabemos” sobre a genética de esquizofrenia. Os autores desses textos muitas vezes deixam de mencionar estudos que não se encaixam nas explicações genéticas, enquanto ocasionalmente citam estudos que não existem.
Em contraste com as crenças predominantes nas ciências sociais e comportamentais, Joseph argumenta que há pouca ou nenhuma evidência cientificamente aceitável de que genes desordenados desempenham um papel na causa da esquizofrenia. Ao mesmo tempo, ele destaca as evidências a favor das causas ambientais, enquanto observa que a validade do próprio conceito de “esquizofrenia” tem uma longa história de controvérsia.
Neste livro, que reúne muitas das descobertas anteriores de Joseph em um só lugar, enquanto explora muitas áreas novas, as principais questões são abordadas de uma perspectiva refrescantemente crítica. Isso está em contraste direto com os relatos acadêmicos e jornalísticos convencionais do tópico “genética da esquizofrenia”, onde geralmente se afirma que a esquizofrenia é um distúrbio “altamente hereditário” que envolve um processo de doença do cérebro.
Joseph apresenta uma avaliação crítica atualizada, completamente documentada e muito necessária da pesquisa genética da esquizofrenia. Suas descobertas têm implicações importantes para a psiquiatria, a genética comportamental e as ciências sociais e comportamentais em geral. Além disso, este trabalho é uma leitura essencial para qualquer pessoa interessada na questão de longa data “natureza-criação” de se as diferenças de comportamento humano são causadas principalmente por fatores hereditários ou ambientais. Joseph conclui que a falha em descobrir genes para esquizofrenia, psicose e outras condições psiquiátricas não é um revés científico, mas sim um motivo de celebração, já que a sociedade agora pode se separar de desvios genéticos e abordagens médicas e pode se concentrar em causas ambientais intervenções sociais, abordagens não médicas de tratamento e prevenção.
Remédio ou droga
O uso da expressão medicamento ou remédio parte do modelo médico e do modelo de ação baseado na doença, isto é, correção de desequilíbrio químico.
As expressões drogas psicoativas, psicofármacos ou neurotoxinas parte modelo de ação baseado na droga.
domingo, 11 de novembro de 2018
Função da família (Laing)
A função da família é reprimir o Eros; para induzir uma falsa consciência de segurança; negar morte evitando a vida; cortar a transcendência; acreditar em Deus, não experimentar o Vazio; para criar, em suma, o homem unidimensional; promover respeito, conformidade, obediência; enganar crianças a não brincar; induzir o medo do fracasso; promover o respeito pelo trabalho; para promover um respeito pela "respeitabilidade".
- r. D. Laing,
A POLÍTICA DA EXPERIÊNCIA
Efeito esperado da droga e grau de "doença mental"
Quando os psicofármacos não fazem o efeito alegado (e isso é comum) os psiquiatras biológicos responsabilizam a "doença mental" do paciente. Os pacientes muito sugestionáveis devido ao prestígio da medicina acreditam que são muito doentes, incapazes e que seus problemas seriam muito piores sem os psicofármacos.
É preciso diferenciar entre o efeito alegado dos psicofármacos (saber o que esperar deles) e o efeito real. Para avaliar o efeito real do psicofármacos basta apenas passar um dia sem tomá-lo. É muito provável que apesar da abstinência momentânea a pessoa sinta mais bem-estar.
Dessa maneira, é possível checar se realmente é legítimo responsabilizar o grau ou a gravidade da "doença mental" quando os psicofármacos não fazem o efeito alegado pelo médico.
sábado, 10 de novembro de 2018
Nervosismo episódico e prevenção de recaída
É comum que hoje em dia as pessoas se transformem em pacientes para a vida toda devido a um período de desespero ou mesmo um episódio. A psiquiatria biológica chama isso de prevenção de recaída.
O que acontece é que questões psicossociais se sobrepõem ao tratamento farmacológico e se atribui ao efeito desse último a capacidade de prevenir recaídas. É uma expressão ideológica para manter clientes para a vida toda.
Quem conhece pacientes psiquiátricos sabem que os fármacos não são capazes de evitar episódios de conflito e sofrimento grave. O ciclo de vida e as situações de vida é o que mudam com o tempo. Dificilmente as situações difíceis que foram medicalizadas se mantém para sempre. Os psiquiatras biológicos jogam com o medo do pior e com o prestígio da medicina.
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Precariedade conceitual e saúde mental
A precariedade conceitual difundida na sociedade produz todo tipo de problemas. A psiquiatria e a saúde mental lidam com o resultado disso. O aprimoramento conceitual melhoraria muitos problemas.
Medicina da Saúde X Medicina da Doença
Medicina da Saúde X Medicina da Doença
https://www.youtube.com/watch?v=UHJg0pOglC8quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Resumo Críticas a psiquiatria Allen Frances
E, também deve ser notado, não é uma descoberta de fato. Em vez disso, como tudo mais no embuste psiquiátrico, é uma questão de decreto. Os psiquiatras dizem isso; portanto, deve ser verdade.
Allen Frances: “Bem, é um segredo profundo. Não há quase nenhuma pesquisa sobre a síndrome de abstinência. Não há absolutamente nenhum interesse por parte das empresas farmacêuticas em anunciar o fato de que tomar um antidepressivo pode prendê-lo por anos e talvez por toda a vida. Então, eles desencorajaram a pesquisa, eles não relataram os resultados adversos. A indústria farmacêutica é apenas marginalmente menos impiedosa do que os cartéis de drogas, e não é do seu interesse publicizar isso, então tem havido muito pouca pesquisa, e nós realmente não sabemos como o uso a longo prazo desses medicamentos pode afetar a cérebro. Estamos fazendo um tipo de experiência com a saúde pública em centenas de milhões de pessoas em todo o mundo sem realmente entender os efeitos a longo prazo. ”
Allen Frances: “Não há nada mais fácil no mundo do que começar tomar um antidepressivo. Os médicos da clínica geral reservam muito pouco tempo com seus pacientes, e a única maneira de conseguir um paciente fora do consultório satisfeito após uma consulta de sete minutos é escrever uma receita. 80% dos antidepressivos são prescritos por médicos da clínica geral, em particular na atenção primária, geralmente após sete minutos, sob forte pressão tanto do paciente quanto da empresa farmacêutica para prescrever a medicação. Por outro lado, parar o remédio pode levar anos. Requer para algumas pessoas uma redução muito, muito lenta, e sem isso elas terão sintomas de retorno da ansiedade, de depressão, sintomas físicos parecidos com os da gripe, e muitas vezes elas irão erroneamente atribuir estes sintomas a que estão ficando com depressão novamente, quando na verdade é apenas o resultado de efeitos colaterais de retirada.
Esse, é claro, é o mesmo tambor que o Dr. Frances vem batendo na última década: os psiquiatras são os mocinhos; e todas as desgraças associadas ao uso de drogas psiquiátricas devem ser colocadas aos pés da indústria farmacêutica, dos médicos que prescrevem demais e dos ‘pacientes’ que buscam drogas.
Mas, como sempre, o Dr. Frances opta por ignorar o ponto mais saliente: se a psiquiatria não tivesse inventado as doenças espúrias, nem uma única dessas prescrições poderia ter sido escrita. Se a psiquiatria não houvesse inventado e promovido a grande mentira de que todo problema significativo de pensar, sentir e se comportar constitui uma aberração da química cerebral corrigível pela droga – “uma doença, assim como o diabetes” -, então nenhum dos problemas que Frances lamenta poderia ter ocorrido.
A psiquiatria tem trabalhado diligentemente por décadas para promover a noção espúria de que a depressão que exceda certos limiares arbitrários de gravidade, duração e de impacto, constitui uma doença cerebral. E o fato é que, com a ajuda dos dólares da indústria farmacêutica, eles os psiquiatrias têm sido fenomenalmente bem-sucedidos em vender esse embuste destrutivo e impositivo.
A psiquiatria criou consciente e deliberadamente um sistema e um ethos em que virtualmente qualquer pessoa que esteja experimentando as agruras do infortúnio pode ser diagnosticada com uma ‘doença cerebral’ e prescrita drogas e / ou choques elétricos. Cada movimento que a psiquiatria fez nos últimos cinquenta anos foi calculado para promover esse fim. Contra esse pano de fundo, os persistentes esforços do Dr. Frances em transferir a culpa desse estado de coisas para os médicos da atenção primária, a indústria farmacêutica, as seguradoras, e até mesmo para os próprios clientes, é uma distorção dos registros históricos.
Além de tudo isso, o Dr. Frances está escolhendo ignorar o fato bem estabelecido de que as práticas de prescrição dos psiquiatras são tão apressadas e superficiais quanto as dos médicos de clínica geral.
“Treinado como um psiquiatra tradicional no Michael Reese Hospital, em um centro médico em Chicago que havia sido fechado, Dr. Levin, 68, [Donald Levin, MD, Doylestown] primeiro estabeleceu um consultório particular em 1972, quando a terapia da conversa estava em seu auge.
Então, como muitos psiquiatras, ele tratava de 50 a 60 pacientes em sessões de terapia de conversa de uma a duas vezes por semana, com duração de 45 minutos cada. Agora, como muitos de seus colegas, ele trata 1.200 pessoas em visitas de 15 minutos, em sua maioria, para ajustes de prescrição, às vezes visitas em intervalos de meses. ”(P 2) Gardiner Harris, jornalista, New York Times, 5 de março de 2011
“Nas últimas décadas, o foco mudou mais para o cérebro e para longe da mente. E as mudanças nos sistemas de reembolso hoje recompensaram as prescrições escritas apressadamente e encorajaram a psicoterapia a ser fornecida por terapeutas não psiquiatras. ”(P. 4) Jeffrey Lieberman, MD, Presidente, Departamento de Psiquiatria, Universidade de Columbia, Psychiatric News, 27 de agosto de 2013
Observe a frase condescendente: “… as mudanças nos sistemas de reembolso hoje recompensaram receitas apressadamente escritas …” Os psiquiatras, pobres coitadinhos que são, simplesmente não conseguiram resistir a essas recompensas.
As razões pelas quais a psiquiatria abandonou quase que completamente a terapia da fala em favor de exames médicos e prescrições apressadas são: em primeiro lugar, porque isso lhes permite ganhar muito mais dinheiro; em segundo lugar, implica menos estresse e esforço; em terceiro lugar, ajuda os psiquiatras a se sentirem ‘médicos de verdade’ – confirmando ‘diagnósticos’, ajustando doses, verificando efeitos adversos, etc.; e, em quarto lugar, a abordagem checagem médica é inteiramente consistente com a abordagem bio-bio-bio, a abordagem do desequilíbrio químico que tem sido avidamente promovida pela psiquiatria desde que as drogas chegaram ao mercado.
Aqui está outra citação do eminente e erudito Dr. Lieberman. A citação é do mesmo artigo citado acima:
“Nas revisões que se seguirão ao DSM-5, que foi lançado em maio, prevemos que os diagnósticos psiquiátricos irão se mover para além dos critérios fenomenológicos descritivos em direção às medidas de fisiopatologia e etiologia e que envolverá testes de laboratório para identificar as lesões e distúrbios em estruturas anatômicas específicas, circuitos neurais ou sistemas químicos, bem como genes de suscetibilidade – os tipos de testes que informam rotineiramente o diagnóstico de infecção, doença cardiovascular, câncer e a maioria dos distúrbios neurológicos. A pesquisa que ocasiona esses desenvolvimentos pode não apenas aumentar nossa capacidade de fazer diagnósticos, mas pode fundamentalmente redefinir a nosologia dos transtornos mentais ”(p. 3).
Bem, estamos a 5 anos e meio depois do DSM-5, e até agora nenhuma das previsões biocêntricas do Dr. Lieberman chegou. No entanto, a teoria do desequilíbrio químico espúrio continua sendo a principal força motriz por trás das avaliações apressadas e das prescrições escritas apressadamente. Afinal, se o ‘transtorno depressivo maior’ puder ser ‘diagnosticado’ pela confirmação de cinco ocorrências na lista simplificada, e se a resposta ao ‘tratamento’ e possíveis efeitos adversos puder ser avaliada com algumas perguntas mais bruscas, por que perder tempo perguntando aos clientes questões irrelevantes sobre suas vidas pessoais, seus relacionamentos, seus medos, sua solidão, seus ninhos vazios, sua sensação de falta de propósito? Preencha os formulários, escreva as prescrições e, por favor, por favor! Kerchung.
RESUMO
Muito do que o Dr. Frances diz é sensato, mas seria muito mais convincente se ele colocasse a responsabilidade pelo presente estado de coisas exatamente onde ela pertence: a psiquiatria, seus rótulos que retiram a capacidade dos sujeitos de enfrentarem seus problemas e seus ‘tratamentos’ destrutivos.
Em agosto de 1983, o dr. Frances co-autor (com Katherine Shear, MD, e Peter Weiden, MD) de um pequeno artigo no Journal of Clinical Psychopharmacology. O artigo intitula-se Suicídio Associado à Acatisia e ao Tratamento com Flufenazina, e apresenta relatos de casos de dois homens que se mataram logo após receberem injeções de flupenazina (Prolixin), uma droga neuroléptica. Um dos homens saltou de um telhado; o outro pulou na frente de um trem. Claro, dois estudos de caso não provam um nexo de causalidade, mas aqui está o que os autores concluíram:
“Embora não possamos ter certeza de que a acatisia causou a morte de nossos pacientes, os sintomas de acatisia parecem ter sido os precipitadores imediatos do comportamento suicida”.
Embora essa conclusão formal seja redigida com cautela, o texto do artigo nos deixa em dúvida que a natureza insuportável da acatisia induzida por neurolépticos tenha sido a causa imediata dos suicídios.
Evidentemente, o Dr. Frances levou a sério esse assunto. Onze anos depois, ele introduziu o diagnóstico proposto de acatisia induzida por neurolépticosno DSM-IV (1994). O problema foi descrito em detalhes, incluindo as observações de que “em sua forma mais grave, o indivíduo pode ser incapaz de manter qualquer posição por mais de alguns segundos” e “acatisia pode estar associada a disforia, irritabilidade, agressão ou tentativas de suicídio.” A prevalência foi estimada em 20% -75% das pessoas que tomam drogas neurolépticas. A entrada foi publicada em duas páginas e meia. (p 744 – 746)
No entanto, no DSM-5 (2013), o nome do problema foi alterado para acatisia aguda induzida por medicação. A entrada foi reduzida a quatro linhas e meia, e não há menção de irritabilidade, agressão, tentativas de suicídio ou prevalência. (p. 711)
Allen Frances e o crescente aumento do uso de antidepressivos
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
The Missing Gene (Fruitless search)
Title: The Missing Gene: Psychiatry, Heredity, And the Fruitless Search for Genes
Volume: Author(s): Jay Joseph
Volume: Author(s): Jay Joseph
What causes psychiatric disorders to appear? Are they primarily the result of people s environments, or of their genes? Increasingly, we are told that research has confirmed the importance of genetic influences on psychiatric disorders such as schizophrenia, bipolar disorder, autism, and attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD). This timely, challenging book provides a much-needed critical appraisal of the evidence cited in support of genetic theories of psychiatric disorders, which hold that these disorders are caused by an inherited genetic predisposition in combination with environmental agents or events. In fact, the field of psychiatric genetics is approaching the crisis stage due to the continuing failure, despite years of concerted worldwide efforts, to identify genes presumed to underlie most mental disorders. The belief that such genes exist is based on studies of families, twins, and adoptees. However, the author shows that these studies provide little if any scientifically acceptable evidence in support of genetics. In fact, researchers initial "discoveries" are rarely replicated. As this becomes more understood, and as fruitless gene finding efforts continue to pile up, we may well be headed towards a paradigm shift in psychiatry away from genetic and biological explanations of mental disorders, and towards a greater understanding of how family, social, and political environments contribute to human psychological distress. Indeed, Kenneth Kendler, a leading twin researcher and psychiatric geneticist for over two decades, wrote in a 2005 edition of The American Journal of Psychiatry that the "strong, clear, and direct causal relationship implied by the concept of a gene for ... does not exist for psychiatric disorders. Although we may wish it to be true, we do not have and are not likely to ever discover genes for psychiatric illness." The author devotes individual chapters to ADHD, autism, and bipolar disorder. Looking specifically at autism, despite the near-unanimous opinion that it has an important genetic component, the evidence cited in support of this position is stunningly weak. It consists mainly of family studies, which cannot disentangle the potential influences of genes and environment, and four small methodologically flawed twin studies whose results can be explained by non-genetic factors. Not surprisingly, then, years of efforts to find "autism genes" have come up empty. This is an important book because theories based on genetic research are having a profound impact on both scientific and public thinking, as well as on social policy decisions. In addition, genetic theories influence the types of clinical treatments received by people diagnosed with psychiatric disorders. Yet, as the author demonstrates, these theories do not stand up to critical examination.
The Gene Illusion Psychiatry and Psychology
What are the forces shaping who we are, how we live, and how we act? Are we shaped primarily by our environment, or by our genes? These very old questions form the basis of the ''nature-nurture'' debate. Increasingly, we are told that research has confirmed the importance of genetic factors influencing psychiatric disorders, personality, intelligence, sexual orientation, criminality, and so on.
Jay Joseph’s timely, challenging book provides a much-needed critical appraisal of the evidence cited in support of genetic theories. His book shows that, far from establishing the importance of genes, family, twin and adoption research has been plagued by researcher bias, unsound methodology, and a reliance on unsupported theoretical assumptions. Furthermore, he demonstrates how this greatly flawed research has been used in support of conservative social and political agendas. This is particularly evident in Chapter 2, which contains the only in-depth critical review of the history of twin research ever published.
Much of the scientific evidence cited in support of genetic theories has been produced by the fields of behavior genetics and psychiatric genetics. It has been delivered to the public in numerous magazine and newspaper articles, as well as by the authors of several popular books. In particular, studies of twins (both reared together and reared apart) have been cited as providing conclusive evidence supporting the importance of genetic influences on psychological trait differences. The reared-apart twin studies performed by researchers at the University of Minnesota have been the subject of much attention, including stories of individual pairs of ''reared-apart'' identical twins who, it is claimed, displayed remarkable similarities upon being reunited. Joseph shows, however, that both systematic reared-apart twin studies, and stories about individual pairs, prove little if anything about the role of genes.
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Jay Joseph |
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