Há concepções culturais que ao confrontarem-se com concepções de senso comum levam a não compreender a "lógica da sociedade".
Por outro lado, a "lógica da sociedade" ou o senso comum não admite discussão. Isso leva à um fechamento quase completo para qualquer ideia que vise superar o senso comum. O senso comum não necessariamente é racional como os psiquiatras biológicos
presumem.
A psicologia é descartada porque existem outras fontes ou caminhos de produção de saúde como defende o modelo de saúde pública. A produção de saúde envolve trabalho intersetorial e muitas vezes o impacto do trabalho em saúde é limitado pelos fatores de risco em outras áreas fora da saúde.
A experiência comum de vivência de saúde mental é encontrar outras fontes de saúde. Por outro lado, o senso comum ou a "lógica da sociedade" de que gostam os psiquiatras biológicos está repleto de ideias irrefletidas ou assumidas sem exame rigoroso.
A pessoa que se restringe ao senso comum repete as mesmas ideias diariamente e nunca aprende ou admite algo novo e diferente. Essa repetição de ideias comuns leva à uma profunda incompreensão e incapacidade de assimilar a diferença. É a pessoa que não assume que o senso comum é perfeito que precisa fazer malabarismos para se adaptar a esse comum medíocre. A dificuldade profunda em superar o senso comum é gerada por mediocridade intelectual e preguiça.
Devido a esses processos se entende que a saúde deve ocorrer naturalmente e serão considerados defeituosos aqueles que não forem saudáveis sem planejamento.
Não planejar é em qualquer área, seja da saúde ou não, um risco para a saúde.
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