Observações:
- Consideram que efeitos de psicofármacos provam a causa biológica. É como provar que a causa da timidez é biológica pelo uso do álcool. Certamente há um mediador fisiológico. Mas isso não prova que a origem ou etiologia é uma deficiência ou doença biológica. O que parece ser assumido pelo programa de pesquisa: o foco todo é em como a pessoa é degenerada biologicamente e em como justificar as intervenções psiquiátricas. Dizer que se prova causa de maneira indireta por provar um mediador fisiológico sem fazer estudos etiológicos é uma questão de justificar o programa de pesquisa reducionista.
- Ao mesmo tempo o tempo todo o palestrante enfatiza como os modelo animais de transtornos mentais são limitados e que precisam ser múltiplos para enfatizar aspectos limitados. Também enfatiza a necessidade de conversar com outras áreas para compor o mosaico causal. Mas isso não é feito por muitos psiquiatras. Não há necessariamente um problema com o reducionismo como método de pesquisa. Mas o conhecimento é usado na prática de forma reducionista.
- Um comentador afirma que ansiolíticos e antidepressivos "resolvem" a ansiedade por ter ficado provado nas pesquisas animais que há algum efeito dos psicofármacos para lidar com situações novas e ameaçadoras. Uma extrapolação ingênua e exagerada. Pois olhado de forma holística e em casos clínicos humanos a ansiedade não se resolve com ansiolíticos e antidepressivos pois ainda há uma relação com o ambiente alimentando a ansiedade.
- Um palestrante afirmou que psicofármacos também aumentam "sintomas" ou problemas.
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