"Fisiologia não é comportamento"
Escrever sobre essa afirmação e relacionar com a dificuldade de compreender e se interessar em intervenções comportamentais.
Algumas dificuldades:
- observação imediata da fisiologia no próprio corpo (topografia: apenas uma parte do comportamento)
- definição de comportamento como expressão pública do interior ou de estrutura orgânica interior
- percepção insuficiente de como a aprendizagem altera a fisiologia (pelo histórico de alteração do corpo e pelo ambiente atual)
- necessidade de aprendizagens relativamente sofisticadas para compreender e se interessar nas intervenções
- possibilidade de alteração da fisiologia sem alterar os eventos do cotidiano por meio de biofeedback (estimulação ambiental), drogas e outras intervenções cerebrais.
- aversividade da percepção de que a pessoa está produzindo as dificuldades ou não tem habilidades para resolver as dificuldades
- definição reducionista ontológica (bioquímica ou de outra natureza) dos fenômenos fisiológicos
- necessidade de aprendizagem de que comportamento é processo físico e biológico num nível emergente mas que tem correlatos fisiológicos comprovados em nível inferior (os mesmos do reducionismo e da neurociência)
- necessidade de aprendizagem que intervenções cerebrais também são manipulações ambientais
- amplo acesso a descrições estruturalistas dos fenômenos (características físicas, estruturais como reducionismo ontológico) e acesso limitado a descrições funcionais dos fenômenos
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