O pensamento manicomial é direcionado para ajustar o mundo à concepção médica de um determinismo biológico discutível e de origens históricas infames. O pensamento antimanicomial é direcionado a ajustar o mundo às necessidades das pessoas afetadas pela "loucura".
Tanto o pensamento manicomial como o antimanicomial negam parcialmente os determinantes do comportamento. O manicomial nega a relevância dos determinantes ambientais ou sociais, culturais, políticos, jurídicos, econômicos, etc. O antimanicomial não tem uma concepção positiva de ciência natural ou dos determinantes biológicos.
O manicomial defende um determinismo biológico discriminativo e uma proposta de coerção correspondente. O antimanicomial defende uma determinação social e uma filosofia da liberdade ou do livre-arbítrio. Isso é compatível com concepções de que as ciências naturais tratam da necessidade das leis naturais enquanto o social seria um âmbito da liberdade.
O manicomial poderia encontrar esquemas explicativos alternativos que não está disposto a considerar. O antimanicomial ajusta toda a sociedade e cria estruturas públicas sem se preocupar de maneira séria com determinantes da aprendizagem de comportamentos. Tanto o manicomial quanto o antimanicomial atuam ao redor do comportamento enquanto a perspectiva comportamental fornece a possibilidade de alterar os comportamentos. Ambos poderiam ser mais eficientes e menos custosos se admitissem os determinantes da aprendizagem de comportamentos conforme a análise do comportamento e áreas biológicas afins.
Parece ser verdade que famílias que são contra a reforma psiquiátrica ficam desamparadas. Parece ser verdade que famílias antimanicomiais são menos comuns.
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