Tende-se a assumir uma postura etnocêntrica em relação ao mundo, onde o
indivíduo vê sua própria cultura como uma verdade absoluta, uma norma, algo que é
correto e deve ser seguido, e por conta disso, despreza e considera anormais as
práticas culturais diferentes das suas. O etnocentrismo julga os outros povos e
culturas, tomando como base de normalidade os padrões da sua própria sociedade,
esses padrões servem para verificar até que ponto são normais os costumes
culturais alheios (MENESES, 1999).
O conceito de relatividade cultural vai afirmar que os padrões de certo e
errado são relativos à cultura da qual fazem parte. Assim, cada costume seria válido
nos termos do seu próprio ambiente cultural. Na prática seria suspender o
julgamento, procurar entender o que se passa e respeitar os hábitos de diferentes
culturas (HOEBEL e FROST, 2006).
A diversidade cultural é o que torna uma sociedade única, e ao adentrar em
uma determinada cultura, deve-se despir de pré-conceitos e buscar lançar um novo
olhar ao que lhe parece estranho, pois é esta estranheza que mostrará qual o
conceito de normalidade para tal cultura, e somente desta forma pode-se
compreender o funcionamento das diferentes sociedades.
Sob a ótica do relativismo cultural, faz-se necessária uma reflexão perante as diferentes
culturas existentes. A postura relativista é algo complexo, e dependerá do quanto o
indivíduo está rígido e centrado nas suas próprias crenças, pois se o mesmo tomar
os seus costumes e práticas como referência para julgamento indiscriminado, estará
assumindo uma postura etnocêntrica. É perceptível na sociedade contemporânea a
execução da postura etnocêntrica, julgando outras práticas tendo apenas sua
realidade como parâmetro de referência. Uma postura relativista exige um esforço
maior, ao requerer que o indivíduo se desvencilhe dos seus preconceitos ao entrar
no mundo alheio, e esteja realmente disposto a entender e respeitar as diferentes
práticas culturais.
NORMALIDADE X ANORMALIDADE: A RELATIVIDADE DOS TERMOS
Raquel Arruda CARNAÚBA
Cláudia Camargo Arthou Sant ́anna PELIZZARI
Jorge Ubiratan de Almeida SILVA JÚNIOR
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsia entre psiquiatras farmacológicos e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação.
Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes.
Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica.
Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco.
Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica.
Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro
Aviso!
Aviso!
A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las.
Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias.
Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente.
Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente.
A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível.
https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/
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