Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Drama social e doença

No caso das narrativas siona ligadas à doença, a noção de drama so-
cial de Turner (1981) e sua relação com a narrativa é particularmente útil para
se pensar na maneira como a narrativa apresenta uma estrutura para entender
episódios de doença. A vida social é um processo dinâmico e não uma
estrutura fixa, e este processo é melhor visto como um drama, ou seja, como
composto de seqüências de dramas sociais que são resultado de uma contínua
tensão entre conflito e harmonia. A vida é como um drama, cheio de situações
desarmônicas ou de crises cujas resoluções desafiam os atores, envolvendo
conflito, volição, reflexão e escolha (Burke 1989). As doenças, como outras
formas de ruptura, tomam formas dramáticas e os atores tentam demonstrar
o que têm feito, o que estão fazendo e também tentam impor suas soluções
ou idéias aos outros (Turner 1981).
Os dramas sociais da vida cotidiana são unidades de seqüências de
ação que analiticamente podem ser separadas do fluxo contínuo do processo
social. São marcados pelas fases de ruptura da ordem normal, crise, tentativas
de compensação, e resolução –– quando a ruptura é resolvida ou a divisão do
grupo se torna permanente e reconhecida. A fase de compensação, como o
rito, tem qualidades quase imperceptíveis. São momentos da vida social de
negociações entre os atores que tentam impor ou convencer os outros de sua
visão ou “paradigma”. Fazem parte do aspecto indeterminado e o modo
subjuntivo na interação humana. A vida social está em jogo; há desejos,
esperanças e poderes diferentes; o resultado não é determinado. Vista assim,
a interação social é uma contínua negociação entre atores; é um processo
dramatúrgico (Goffman 1983) em que os atores realizam seus papéis para os
outros na platéia, tentando persuadi-los de sua posição.

A DOENÇA COMO EXPERIÊNCIA: O PAPEL DA NARRATIVA NA CONSTRUÇÃO SOCIOCULTURAL DA DOENÇA

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