Neurogênese é o processo de formação, migração e diferenciação de novos neurônios. Este é um conceito que vem sendo debatido há muito tempo, pois cientistas acreditavam ser impossível a neurogênese em adultos. Mas, estudos científicos mostram que neurônios são formados todos os dias em locais específicos do nosso cérebro, ao longo de toda a vida do indivíduo.
O estudo da morfologia, da neuroregeneração e neuroplasticidade do tecido nervoso é antigo, um dos grandes pesquisadores na área foi o médico espanhol ganhador do prêmio Nobel, Santiago Ramón y Cajal. Pai da neurociência moderna, Cajal elaborou o conceito da doutrina neuronal em 1894. Conforme seus estudos, Cajal também defendia a ideia de que o sistema nervoso era uma estrutura fixa e imutável, sendo portanto, impossível a formação de novos neurônios e/ou a regeneração após a sua maturação completa. Para a comunidade científica, a neurogênese era um processo que apenas ocorria no período fetal e pouco depois do período pós-natal.
O estudo da morfologia, da neuroregeneração e neuroplasticidade do tecido nervoso é antigo, um dos grandes pesquisadores na área foi o médico espanhol ganhador do prêmio Nobel, Santiago Ramón y Cajal. Pai da neurociência moderna, Cajal elaborou o conceito da doutrina neuronal em 1894. Conforme seus estudos, Cajal também defendia a ideia de que o sistema nervoso era uma estrutura fixa e imutável, sendo portanto, impossível a formação de novos neurônios e/ou a regeneração após a sua maturação completa. Para a comunidade científica, a neurogênese era um processo que apenas ocorria no período fetal e pouco depois do período pós-natal.
Sabe-se que o processo de neuroregeneração é diferente entre o sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP). Isso ocorre principalmente em virtude da diferença do microambiente da matriz extracelular frente a lesões ou doenças. A regeneração no SNP é muito mais rápida e simples de acontecer, na maioria das vezes a depender da gravidade e extensão da lesão no SNP é possível que ele volte ao seu estado original. No entanto, por outro lado lesões no SNC são mais difíceis de se regenerar, por esse motivo em muitos casos após o paciente sofrer traumas no crânio seja ele mecânico ou mediante acidente vascular cerebral, resulta em sequelas gravíssimas, a citar, dificuldade na fala, perda de controle do corpo ou dos movimentos dos membros, entre outros.
Também é conhecido pela comunidade científica a capacidade plástica do sistema nervoso, neuroplasticidade. Em 1909 que o termo neuroplasticidade foi empregado pela primeira vez por Minea para atribuir à capacidade em que as células nervosas têm de se adaptar ao meio em que se encontram. Em síntese, a plasticidade neuronal ou simplesmente neuroplasticidade pode ser definida como a capacidade que o sistema nervoso tem de se moldar às adversidades do meio em que se apresenta. Para tanto, promove alterações biológicas, bioquímicas e fisiológicas com a finalidade de se adaptar aos estímulos por ele recebidos. Suas alterações permitem que os ramos axonais possam ser substituídos, aumentados ou diminuídos a fim de formar novas sinapses e um novo circuito neural, processo conhecido como sinaptogênese.
Entretanto, há muito tempo é questionado a capacidade do SN de formar novas células. Para tanto, os primeiros pesquisadores a desafiarem o estudo de Cajal foram os neurocientistas norte-americano Joseph Altman e o indiano Gopal Das. No final da década de 60 e início dos anos 70, Altman e Das encontraram as primeiras evidências da neurogênese em adultos, principalmente em duas regiões específicas, o giro denteado do hipocampo e o bulbo olfatório.
Eles perceberam que algumas células-troncos neuronais (CTNs) presentes nessas regiões apresentavam a capacidade de se dividir e se diferenciar em morfologias semelhantes aos neurônios. No entanto, seus estudos feitos em ratos não eram suficientes para serem considerados pelas comunidade científica. Apenas em 1980, Fernando Nottebohm da Universidade de Rockefeller, encontrou fortes evidências para comprovar a existência da neurogênese por meio de estudo do canto dos pássaros.
A CTNs são células-tronco multipotentes capazes de se diferenciar em neurônios e células da glias. Elas foram encontradas em diversas espécies de animais: rato, coelhos, camundongos, gato, pássaros, primatas e humanos. Segundo estudos científicos, os neurônios são formados ao longo de toda a vida do indivíduo. Logo, o conceito de neurogênese em adultos humanos foi proposto em 1998 por meio dos estudos de Eriksson et al. após estudar cérebros post mortem de pacientes com câncer terminal.
A neurogênese em adultos pode ser estimulada por fatores ambientais, fisiológicos e comportamentais. Estudos indicam que o aumento da neurogênese pode estar relacionado ao processo de aprendizado, memória e a prática de atividades físicas, pois liberam substâncias que estimulam a fase de proliferação e diferenciação neuronal, tais como, o neurotransmissor serotonina, a proteína neurotrofina, fatores neurotróficos derivados do cérebro (BDNF), fator de crescimento de fibroblastos (FGF) e o fator de crescimento epidérmico (EGF). Conhecer pessoas novas, ler livros, fazer atividade física, se expor em lugares diferentes contribuem para o processo de formação de novos neurônios.
No entanto, o estresse físico e mental, a ansiedade, sedentarismo, consumo de álcool e drogas, mau hábito alimentar, distúrbios do sono são fatores que reduzem a neurogênese hipocampal, pois estimulam a liberação de radicais livres, substâncias neurotóxicas e hormônios corticoesteróides, produzidos pelas glândulas supra-renais, liberados em situações de estresse.
Com as descobertas e os estudos na área de neurogênese abrem-se perspectivas para estratégias terapêuticas para patologias que acometem o SN, tais como distúrbios psiquiátricos e doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson.
Longo, fica evidente os avanços na pesquisa sobre a neurogênese em adultos e a forma como o nosso cérebro continua o seu processo de desenvolvimento. Para tanto, é aconselhado a prática de atividades saudáveis, bem como, aumentar ao longo da rotina estímulos sensoriais, visuais, auditivos que possam contribuir para o processo de memória e aprendizado, favorecendo cada vez mais o processo de formação de novas células até a terceira idade.
Também é conhecido pela comunidade científica a capacidade plástica do sistema nervoso, neuroplasticidade. Em 1909 que o termo neuroplasticidade foi empregado pela primeira vez por Minea para atribuir à capacidade em que as células nervosas têm de se adaptar ao meio em que se encontram. Em síntese, a plasticidade neuronal ou simplesmente neuroplasticidade pode ser definida como a capacidade que o sistema nervoso tem de se moldar às adversidades do meio em que se apresenta. Para tanto, promove alterações biológicas, bioquímicas e fisiológicas com a finalidade de se adaptar aos estímulos por ele recebidos. Suas alterações permitem que os ramos axonais possam ser substituídos, aumentados ou diminuídos a fim de formar novas sinapses e um novo circuito neural, processo conhecido como sinaptogênese.
Entretanto, há muito tempo é questionado a capacidade do SN de formar novas células. Para tanto, os primeiros pesquisadores a desafiarem o estudo de Cajal foram os neurocientistas norte-americano Joseph Altman e o indiano Gopal Das. No final da década de 60 e início dos anos 70, Altman e Das encontraram as primeiras evidências da neurogênese em adultos, principalmente em duas regiões específicas, o giro denteado do hipocampo e o bulbo olfatório.
Eles perceberam que algumas células-troncos neuronais (CTNs) presentes nessas regiões apresentavam a capacidade de se dividir e se diferenciar em morfologias semelhantes aos neurônios. No entanto, seus estudos feitos em ratos não eram suficientes para serem considerados pelas comunidade científica. Apenas em 1980, Fernando Nottebohm da Universidade de Rockefeller, encontrou fortes evidências para comprovar a existência da neurogênese por meio de estudo do canto dos pássaros.
A CTNs são células-tronco multipotentes capazes de se diferenciar em neurônios e células da glias. Elas foram encontradas em diversas espécies de animais: rato, coelhos, camundongos, gato, pássaros, primatas e humanos. Segundo estudos científicos, os neurônios são formados ao longo de toda a vida do indivíduo. Logo, o conceito de neurogênese em adultos humanos foi proposto em 1998 por meio dos estudos de Eriksson et al. após estudar cérebros post mortem de pacientes com câncer terminal.
A neurogênese em adultos pode ser estimulada por fatores ambientais, fisiológicos e comportamentais. Estudos indicam que o aumento da neurogênese pode estar relacionado ao processo de aprendizado, memória e a prática de atividades físicas, pois liberam substâncias que estimulam a fase de proliferação e diferenciação neuronal, tais como, o neurotransmissor serotonina, a proteína neurotrofina, fatores neurotróficos derivados do cérebro (BDNF), fator de crescimento de fibroblastos (FGF) e o fator de crescimento epidérmico (EGF). Conhecer pessoas novas, ler livros, fazer atividade física, se expor em lugares diferentes contribuem para o processo de formação de novos neurônios.
No entanto, o estresse físico e mental, a ansiedade, sedentarismo, consumo de álcool e drogas, mau hábito alimentar, distúrbios do sono são fatores que reduzem a neurogênese hipocampal, pois estimulam a liberação de radicais livres, substâncias neurotóxicas e hormônios corticoesteróides, produzidos pelas glândulas supra-renais, liberados em situações de estresse.
Com as descobertas e os estudos na área de neurogênese abrem-se perspectivas para estratégias terapêuticas para patologias que acometem o SN, tais como distúrbios psiquiátricos e doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson.
Longo, fica evidente os avanços na pesquisa sobre a neurogênese em adultos e a forma como o nosso cérebro continua o seu processo de desenvolvimento. Para tanto, é aconselhado a prática de atividades saudáveis, bem como, aumentar ao longo da rotina estímulos sensoriais, visuais, auditivos que possam contribuir para o processo de memória e aprendizado, favorecendo cada vez mais o processo de formação de novas células até a terceira idade.
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