Quadro 1: Quadro comparativo entre o Modo Asilar e o Modo Psicossocial
| ||||||||||
Parâmetros
|
Modo Asilar
|
Modo Psicossocial
| ||||||||
Objeto e meios
|
Objeto
|
Meio de trabalho
|
Objeto
|
Meio de trabalho
| ||||||
de trabalho
|
Determinações
|
Medicamento
|
Determinantes
|
Conjunto amplo de
| ||||||
orgânicas
|
Indivíduo passivo
|
políticos e
|
dispositivos
| |||||||
Pouca ou
|
no tratamento
|
biopsicosociocultur
|
(psico/labor/socioterapi
| |||||||
nenhuma
|
Intervenção
|
ais
|
as)
| |||||||
consideração
|
individualizante
|
Importância
|
Sujeito participante
| |||||||
da existência
|
Fragmentação da
|
atribuída ao sujeito
|
principal no tratamento
| |||||||
do sujeito
|
atenção,
|
Sujeito inserido
|
Inclusão dos grupos
| |||||||
Individuo
|
especializada e
|
num contexto
|
familiares e sociais no
| |||||||
como doente
|
hierarquizada
|
familiar e social
|
tratamento
| |||||||
Individuo
|
Outros campos de
|
Sofrimento como
|
Reposicionamento do
| |||||||
fragmentado
|
saber como
|
parte da existência
|
sujeito: agente
| |||||||
Psicose como
|
acessórios
|
Existência-
|
implicado no
| |||||||
doença
|
sofrimento
|
sofrimento e agente da
| ||||||||
Sofrimento
|
Cena principal
|
possibilidade de
|
removido a
|
universal: o
|
mudanças
| ||||||
qualquer custo
|
simbólico,
|
Reinserção social do
| ||||||
Cena principal
|
englobando o
|
sujeito
| ||||||
universal: o
|
psíquico e o
|
Atenção integral e
| ||||||
orgânico
|
sociocultural
|
equipe interdisciplinar
| ||||||
Metas: Hospitalização,
|
Metas: Desospitalização,
|
desmedicalização e
| ||||||
medicalização e objetificação
|
implicação subjetiva e sociocultural
| |||||||
Dispositivo
|
Hospital psiquiátrico
|
CAPS, NAPS, Hospital-Dia, Ambulatórios de
| ||||||
institucional
|
Relações verticais entre trabalhadores
|
Saúde Mental, equipes multiprofissionais nos
| ||||||
e entre estes e a população
|
centros de saúde e nos hospitais gerais e
| |||||||
Relações de poder e saber altamente
|
demais componentes da RAPS.
| |||||||
estratificadas entre trabalhadores e
|
Relações horizontais entre trabalhadores e
| |||||||
entre estes e a população
|
entre estes e a população
| |||||||
Instituição como natureza morta
|
Relações de poder e saber horizontalizadas
| |||||||
Metas: Estratificação, interdição
|
entre trabalhadores e entre estes e a população
| |||||||
institucionais, heterogestão e
|
Instituição a serviço da ética e da técnica
| |||||||
disciplina das especialidades
|
Metas: Participação, autogestão e
| |||||||
interdisciplinaridade
| ||||||||
Relacionamento
|
Espaço de relação entre doentes e
|
Espaços de interlocução
| ||||||
com a clientela
|
sãos
|
Práticas de intersubjetividade horizontal
| ||||||
Lócus depositário
|
Sujeito fala, participa do diálogo e trabalha na
| |||||||
Interdição do diálogo, imobilizando e
|
e pela fala
| |||||||
emudecendo o usuário
|
Ponto de fala e de escuta da população
| |||||||
Reprodução das relações
|
Dispositivos integrais territorializados
| |||||||
intersubjetivas verticais
|
Metas: interlocução, livre transito do usuário
| |||||||
Metas: imobilidade, mutismo e
|
e territorialização com integralidade
| |||||||
estratificação da atenção por níveis
| ||||||||
Efeitos típicos
|
Hipertrofia dos “defeitos de
|
Reposicionamento subjetivo
| ||||||
tratamento” como cronificação asilar
|
Ética da singularização
| |||||||
ou benzodiazipinização
|
Metas: Implicação subjetiva e sociocultural e
| |||||||
Remoção dos sintomas
|
singularização
| |||||||
Ética da adaptação
| ||||||||
Metas: Adaptação
|
Fonte: quadro elaborado pela autora a partir do texto de Costa-Rosa, 2000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário