A palavra terapia não é apropriada para nomear trabalho do analista aplicado de comportamento. Não se trabalha com doenças (termo médico) comportamentais, mas com contingências que produzem comportamentos e sentimentos classificados como indesejados. Uma pessoa não “sofre de depressão”, mas é afetado por contingências que produzem comportamentos e sentimentos, aos quais se denomina de depressão. A pessoa que procura ajuda não é paciente (termo médico) e quem provê ajuda não é terapeuta (termo médico). Aquilo que se chama de processo terapêutico dever-se-ia chamar processo de desenvolvimento de comportamentos, no qual duas pessoas se influenciam reciprocamente, com papéis definidos e específicos, porém em interação eficaz, que produz mudanças comportamentais em ambos. O “cliente” (na falta de melhor termo) é parte ativa do processo de desenvolvimento: é influenciado pelo “terapeuta” (na falta de melhor termo) e o influencia. Não cabe falar em “alta” (termo médico). Como qualquer processo de desenvolvimento, ele pode ser interrompido; nunca encerrado. Não há critérios pré-determinados para interromper o processo. Qualquer uma das partes envolvidas pode tomar a iniciativa de interrupção. Tal iniciativa é comportamento. Para compreendê-lo, é necessário saber de que contingências ele é função. O comportamento de interromper o processo de desenvolvimento, portanto, deve ser avaliado e compreendido – à luz das contingências que o determinam – como qualquer comportamento. A interrupção da interação entre os pares do processo de desenvolvimento é o produto final da análise e da atuação das contingências de reforçamento em operação.
ALGUMAS DIRETRIZES PARA MELHOR AÇÃO TERAPÊUTICA
HÉLIO JOSÉ GUILHARDI
Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento
Campinas - SP
HÉLIO JOSÉ GUILHARDI
Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento
Campinas - SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário